sábado, 18 de agosto de 2012

A VOZ DO POETA


Não é voz de passarinho
flauta do mato 
viola

Não é voz de violão 
clarinete pianola

É voz de gente
(na varanda? na janela?
na saudade? na prisão?)

É voz de gente - poema:
fogo logro solidão

(Ferreira Gullar)

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