Que ninguém invada
meu quarto,
minha toca,
meu esconderijo,
meu caramujo,
que eu viro fera.
Se minha mãe bater na porta,
eu não abro.
[...]
Se meu pai bater na porta,
eu não abro.
Irmão se bater
eu mato.
Não abro pra ninguém...
ou melhor...
pensando bem...
se ele batesse...
Quase abri a porta
só do susto
de pensar.
Elias José. Cantigas de adolescer, São Paulo, Atual, 1992.
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