sexta-feira, 15 de junho de 2012

À MINHA DOCE IRMÃ



Flor da manhã
sangue do meu sangue
amiga de todas as horas,
de todos os momentos


Diante de tua cólera
suplico paciência e compreensão
lembra-te que raiva e egoísmo
são sentimentos negativos
só trazem prejuízos
envenenam o coração


Sê generosa com o próximo
com teus irmãos (e irmã)
um sentimento nobre dá leveza à alma alegra e acalma!


Não, não me insultes, querida irmã!
toda essa ira, só porque usei o teu vestido novo?
são tão vulgares e sem criatividade
os adjetivos que lanças sobre mim,
em nada combinam com teus olhinhos delicados


Não, eu imploro! 
Não partas para agressões físicas!
Não gostaria de vê-la careca!
Tu ficaste cega de tanto ódio


Perdão! De joelhos te peço duplamente perdão!
O primeiro, pelo teu vestido novo,
o segundo, por tuas sandálias que estão nos meus pés...




MENEGAZ, Flávia. Poetando.
 Ilustrações: Dilce Laranjeira. - Belo Horizonte: Alis, 2003.

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